quinta-feira, 29 de março de 2007

308 patriotas - os "representantes" contra a CPI aérea

Eis a lista com os nomes dos 308 políticos, nossos diletos representantes, que estão contra a CPI. Acho que seja interessante divulgar porque esses são alguns miseráveis que pegam aviões da FAB para ir para suas "bases eleitorais" e que não enfrentam tumultos nos aeroportos. Também são esses que não enfrentam tumultos nos terminais de ônibus às 06 da manhã para ir para o trabalho, são alguns dos filhadaputa que recebem uma baba de dinheiro para defender o próprio rabo.

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Acho que seja bom darmos divulgação e mídia para gente assim. Esses são os 308 patriotas que votaram contra a CPI do Apagão Aéreo. Qual é a sua tarefa, leitor amigo? Copiar esta lista, colar, botar no Orkut, no e-mail da namorada, do namorado, do ficante, do amigo, da amiga, do/a amante, do inimigo também. Imprima. Se for viajar, leva junto umas 20 cópias. Distribua àqueles que estiverem sofrendo com você nas filas, na sala de embarque, na poltrona ao lado.

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Quem puxa a lista do boicote à investigação? O PT. Vejam ali: 77 votos contra a CPÌ. Depois, vem o PMDB, com 65. Faça com que esta lista se multiplique em milhões de listas Brasil afora.

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PT
Adão Pretto (RS)
Andre Vargas (PR)
Angela Portela (RR)
Angelo Vanhoni (PR)
Anselmo de Jesus (RO)
Antônio Carlos Biffi (MS)
Antonio José Medeiros (PI)
Antonio Palocci (SP)
Assis do Couto (PR)
Beto Faro (PA)
Carlos Abicalil (MT)
Carlos Santana (RJ)
Carlos Wilson (PE)
Carlos Zarattini (SP)
Chico DAngelo (RJ)
Cida Diogo (RJ)
Dalva Figueiredo (AP)
Décio Lima (SC)
Devanir Ribeiro (SP)
Domingos Dutra (MA)
Dr. Rosinha (PR)
Edson Santos (RJ)
Eduardo Valverde (RO)
Elismar Prado (MG)
Eudes Xavier (CE)
Fátima Bezerra (RN)
Fernando Ferro (PE)
Fernando Melo (AC)
Gilmar Machado (MG)
Guilherme Menezes (BA)
Henrique Afonso (AC)
Henrique Fontana (RS)
Iran Barbosa (SE)
Iriny Lopes (ES)
Janete Rocha Pietá (SP)
Jilmar Tatto (SP)
João Paulo Cunha (SP)
Jorge Bittar (RJ)
José Airton Cirilo (CE)
José Genoíno (SP)
José Guimarães (CE)
José Mentor (SP)
José Pimentel (CE)
Joseph Bandeira (BA)
Leonardo Monteiro (MG)
Luiz Bassuma (BA)
Luiz Couto (PB)
Luiz Sérgio (RJ)
Magela (DF)
Marco Maia (RS)
Maria do Carmo Lara (MG)
Maria do Rosário (RS)
Maurício Rands (PE)
Miguel Corrêa Jr. (MG)
Nazareno Fonteles (PI)
Nelson Pellegrino (BA)
Nilson Mourão (AC)
Odair Cunha (MG)
Paulo Pimenta (RS)
Paulo Rocha (PA)
Paulo Rubem Santiago (PE)
Paulo Teixeira (SP)
Pedro Eugênio (PE)
Pedro Wilson (GO)
Pepe Vargas (RS)
Praciano (AM)
Reginaldo Lopes (MG)
Ricardo Berzoini (SP)
Rubens Otoni (GO)
Sérgio Barradas Carneiro (BA)
Tarcísio Zimmermann (RS)
Vaccarezza (SP)
Vander Loubet (MS)
Vicentinho (SP)
Vignatti (SC)
Virgílio Guimarães (MG)
Zezéu Ribeiro (BA)

PMDB
Acélio Casagrande (SC)
Alberto Silva (PI)
Alexandre Santos (RJ)
Aníbal Gomes (CE)
Antônio Andrade (MG)
Antonio Bulhões (SP)
Asdrubal Bentes (PA)
Bel Mesquita (PA)
Bernardo Ariston (RJ)
Carlos Alberto Canuto (AL)
Carlos Bezerra (MT)
Carlos Eduardo Cadoca (PE)
Celso Maldaner (SC)
Colbert Martins (BA)
Darcísio Perondi (RS)
Edinho Bez (SC)
Edio Lopes (RR)
Edson Ezequiel (RJ)
Eduardo Cunha (RJ)
Elcione Barbalho (PA)
Eliseu Padilha (RS)
Eunício Oliveira (CE)
Fátima Pelaes (AP)
Fernando Diniz (MG)
Flaviano Melo (AC)
Flávio Bezerra (CE)
Francisco Rossi (SP)
Geraldo Pudim (RJ)
Hermes Parcianello (PR)
Íris de Araújo (GO)
João Magalhães (MG)
João Matos (SC)
Joaquim Beltrão (AL)
Jurandil Juarez (AP)
Laerte Bessa (DF)
Leandro Vilela (GO)
Lelo Coimbra (ES)
Leonardo Quintão (MG)
Luiz Bittencourt (GO)
Marcelo Castro (PI)
Marcelo Guimarães Filho (BA)
Marcelo Itagiba (RJ) – Abstenção
Maria Lúcia Cardoso (MG)
Marinha Raupp (RO)
Moacir Micheletto (PR)
Nelson Bornier (RJ)
Olavo Calheiros (AL)
Osmar Serraglio (PR)
Osvaldo Reis (TO)
Paulo Henrique Lustosa (CE)
Paulo Piau (MG)
Pedro Chaves (GO)
Pedro Novais (MA)
Professor Setimo (MA)
Reinhold Stephanes (PR)
Rocha Loures (PR)
Saraiva Felipe (MG)
Solange Almeida (RJ)
Tadeu Filippelli (DF)
Valdir Colatto (SC)
Vital do Rêgo Filho (PB)
Waldemir Moka (MS)
Wilson Santiago (PB)
Zé Gerardo (CE)
Zequinha Marinho (PA)

PP
Afonso Hamm (RS)
Aline Corrêa (SP)
Antonio Cruz (MS)
Benedito de Lira (AL)
Carlos Souza (AM)
Ciro Nogueira (PI)
Eduardo da Fonte (PE)
Eliene Lima (MT)
Eugênio Rabelo (CE)
George Hilton (MG)
Gerson Peres (PA)
João Leão (BA)
João Pizzolatti (SC)
José Linhares (CE)
José Otávio Germano (RS)
Lázaro Botelho (TO)
Luiz Fernando Faria (MG)
Márcio Reinaldo Moreira (MG)
Mário Negromonte (BA)
Nélio Dias (RN)
Nelson Meurer (PR)
Neudo Campos (RR)
Pedro Henry (MT)
Rebecca Garcia (AM)
Renato Molling (RS)
Ricardo Barros (PR)
Roberto Balestra (GO)
Roberto Britto (BA)
Sandes Júnior (GO)
Vadão Gomes (SP)
Vilson Covatti (RS)
Waldir Maranhão (MA)
Zonta (SC)

PR
Aelton Freitas (MG)
Chico da Princesa (PR)
Dr. Adilson Soares (RJ)
Giacobo (PR)
Gorete Pereira (CE)
Homero Pereira (MT)
Inocêncio Oliveira (PE)
João Carlos Bacelar (BA)
João Maia (RN)
Jofran Frejat (DF)
José Carlos Araújo (BA)
José Rocha (BA)
Léo Alcântara (CE)
Lincoln Portela (MG)
Lindomar Garçon (RO)
Lucenira Pimentel (AP)
Luciano Castro (RR)
Lúcio Vale (PA)
Marcelo Teixeira (CE)
Maurício Quintella Lessa (AL)
Maurício Trindade (BA)
Milton Monti (SP)
Neilton Mulim (RJ)
Nelson Goetten (SC)
Sandro Mabel (GO)
Sandro Matos (RJ)
Tonha Magalhães (BA)
Valdemar Costa Neto (SP)
Vicente Arruda (CE)
Vicentinho Alves (TO)
Wellington Fagundes (MT)
Wellington Roberto (PB)

PSB
Ana Arraes (PE)
Ariosto Holanda (CE)
Átila Lira (PI)
Beto Albuquerque (RS)
Djalma Berger (SC)
Dr. Ubiali (SP)
Eduardo Lopes (RJ)
Fernando Coelho Filho (PE)
Givaldo Carimbão (AL)
Janete Capiberibe (AP)
Laurez Moreira (TO)
Lídice da Mata (BA)
Manoel Junior (PB)
Marcelo Serafim (AM)
Márcio França (SP)
Marcondes Gadelha (PB)
Maria Helena (RR)
Mauro Nazif (RO)
Ribamar Alves (MA)
Rodrigo Rollemberg (DF)
Valadares Filho (SE)
Valtenir Luiz Pereira (MT)

PDT
Arnaldo Vianna (RJ)
Barbosa Neto (PR)
Brizola Neto (RJ)
Dagoberto (MS)
Davi Alves Silva Júnior (MA)
Dr. Basegio (RS)
Giovanni Queiroz (PA)
João Dado (SP)
Julião Amin (MA)
Manato (ES)
Marcos Medrado (BA)
Miro Teixeira (RJ)
Paulinho da Força (SP)
Pompeo de Mattos (RS)
Reinaldo Nogueira (SP)
Sebastião Bala Rocha (AP)
Sérgio Brito (BA)
Severiano Alves (BA)
Sueli Vidigal (ES)
Vieira da Cunha (RS)
Wolney Queiroz (PE)

PTB
Armando Abílio (PB)
Armando Monteiro (PE)
Arnon Bezerra (CE)
Augusto Farias (AL)
Ernandes Amorim (RO)
Frank Aguiar (SP)
Jackson Barreto (SE)
José Múcio Monteiro (PE)
Jovair Arantes (GO)
Luiz Carlos Busato (RS)
Paes Landim (PI)
Paulo Roberto (RS)
Pedro Fernandes (MA)
Ricardo Izar (SP)
Sabino Castelo Branco (AM)
Sérgio Moraes (RS)

PC do B
Aldo Rebelo (SP)
Alice Portugal (BA)
Chico Lopes (CE)
Daniel Almeida (BA)
Edmilson Valentim (RJ)
Evandro Milhomen (AP)
Flávio Dino (MA)
Jô Moraes (MG)
Manuela D'Ávila (RS)
Osmar Júnior (PI)
Perpétua Almeida (AC)
Renildo Calheiros (PE)
Vanessa Grazziotin (AM)

PAN
Cleber Verde (MA)
Jurandy Loureiro (ES)
Silas Câmara (AM)
Takayama (PR)

PSC
Deley (RJ)
Eduardo Amorim (SE)
Filipe Pereira (RJ)
Hugo Leal (RJ)
Mário de Oliveira (MG)
Ratinho Junior (PR)

PMN
Fábio Faria (RN)
Francisco Tenorio (AL)
Sergio Petecão (AC)
Silvio Costa (PE)
Uldurico Pinto (BA)

DEM (PFL)
Cristiano Matheus (AL)
João Bittar (MG)
Lael Varella (MG)
Roberto Magalhães (PE)

PPS
Airton Roveda (PR)
Alexandre Silveira (MG)
PSDB
Silvio Lopes (RJ)

PV
Fábio Ramalho (MG)

PTC
Carlos Willian (MG)

PHS
Felipe Bornier (RJ)

PRB
Léo Vivas (RJ)

Sem partido
Damião Feliciano (PB)
Juvenil Alves (MG)

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Há braços!

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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei

eduardoinimigo@gmail.com

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quarta-feira, 28 de março de 2007

Burro somos nós...

Essa foi tirada do blog do Josias de Souza, colunista da Folha de São Paulo. Leitura boa para imbecis como nós.
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"Em reunião reservada que mantiveram na noite de segunda-feira (26), o presidente da Câmara e os líderes dos partidos governistas e de oposição decidiram equiparar o salário de Lula ao dos parlamentares. Os vencimentos dos deputados serão aumentados em 26,5%. O contra-cheque do presidente da República será tonificado em 83%.
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Assim, a remuneração dos parlamentares passará dos atuais R$ 12.840 para R$ 16.242, incorporando a inflação acumulada desde fevereiro de 2003, data do último aumento. Como Lula recebe menos do que os congressistas (R$ 8.885), para que possa ser equiparado a eles, seu aumento terá de ser bem acima da inflação (83%).
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O encontro em que o acordo foi selado ocorreu na residência oficial do presidente da Câmara. Houve concordância de todos. O blog apurou que o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), líder do PSDB, o maior partido de oposição, chegou a defender uma proposta ainda mais ousada. Advogou a tese de que Lula deveria receber R$ 24.500, o mesmo salário pago aos ministros do STF.
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Para Pannunzio, o teto salarial do serviço público deveria ser o vencimento do presidente, não o dos ministros do Supremo, como é hoje. Não houve quem discordasse. Mas a mudança exigiria a aprovação de uma emenda à Constituição. Optou-se pela solução intermediária de equiparar Lula aos congressistas. O líder do PFL, Onyx Lorenzoini (RS), não compareceu à reunião.
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Enquanto Lula estiver no Planalto, o país conviverá com um presidente que, embora não chegue a receber o mesmo que os ministros do Supremo, chega bem perto. Lula, 61 anos, recebe desde 1997 uma aposentadoria especial, cujo valor atual é de R$ 4.509, 68. Obteve-a na Justiça, graças à perda de um mandato sindical e a 51 dias de cadeia, que amargou em 1980, sob a ditadura. Somando-se o benefício previdenciário ao salário turbinado pelo Congresso, passará a receber mensalmente R$ 20.751,68. Torna-se candidato a milionário.
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Em 2002, o patrimônio declarado de Lula era de R$ 423 mil. Em 2006, saltou para R$ 839 mil -um crescimento de 98%. Em 2007, com casa, comida, roupa lavada, carro na garagem e avião no hangar, Lula continuará poupando o salário. E seu patrimônio vencerá facilmente a barreira do milhão.
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Estabelecido o consenso na reunião com os líderes, Chinaglia informou a eles que negociaria o reajuste com o Planalto e com o presidente do Senado, Renan calheiros (PMDB-AL). A decisão final é exclusiva do Congresso. A idéia é incluir os vencimentos do presidente no mesmo projeto que tratará do reajuste dos deputados. Pretende-se tonificar também os salários do vice-presidente da República , José Alencar, e dos ministros. O que se analisa agora é se há necessidade de mencioná-los no projeto ou se, uma vez reajustado o presidente, seus contracheques subiriam automaticamente, em valores proporcionais.
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O reajuste dos ministros produzirá um efeito cascata. Os salários de funcionários que ocupam cargos de confiança no governo –entre 15 mil e 20 mil pessoas– teriam de ser reajustados em percentual equivalente ao dos ministros. E não se sabe, por ora, qual seria o impacto desses reajustes nas contas públicas.
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Haverá um efeito dominó também nas assembléias estaduais e nas câmaras municipais. Deputados estaduais e vereadores recebem um percentual dos vencimentos dos congressistas. E não terão nenhum pejo de seguir os passos dos deputados e dos senadores."
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Falar o que?
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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segunda-feira, 26 de março de 2007

Mikhail Bakunim - esse sabia das coisas


sexta-feira, 23 de março de 2007

Ainda na Dynamite - novidades do Bananada!

Essa galera aí acima são os "The BellRays" (gostou de "os The"? rsrs). Americanos, chamados de "encarnação moderna do proto-punk à la Stooges combinado com o melhor do R&B sessentista" pelo mitológico Freankin Finas (Humberto Finatti, o tumulto que anda) estão na lista de atrações para o próximo Bananada.
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Sim, é isso mesmo! Eles vem ao Brasil pelas mãos dos Monstros, e o festival bananildo está em rota de colisão com essa turma. Ainda não acredita? Não sou confiável (se bem que esse é o Victor)? Então vai até a coluna do Finatti, no http://www.dynamite.com.br/portal/view_coluna_action.cfm?id_colunista=23&id_show=1172 e confere a nota. Tá tudo lá, inclusive uma delicada descrição da bela mulata que pilota os vocais da banda. Bem no Finatti Way de descrever mulheres. hahahahahaha.
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Bananada tá chegando! Vamos preparando o fôlego, molecada.
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
eduardoinimigo@gmail.com
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Uma coluna de altíssima qualidade!

Quer ler coisa boa? Então vai até a coluna do Luciano "Carioca" Vítor na Dynamite, a NEM MELHOR, NEM PIOR, APENAS DIFERENTE. O cara fala de cinema, futebol, política e muito rock, com a propriedade de todo bom arrogante atrevido que se mete a dar suas opiniões. E esse sujeito tem muitas, e são embasadas e bem articuladas.
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Só para mostrar um pedacito para vocês, essa semana ele entrevista o Uirá Medeiros, que é dono do selo Undermusic, produtor e músico da banda End of Pipe e que mora atualmente nos Estados Unidos. Interessante perceber que tanto lá como aqui o rock é uma atividade parelela, sem muitas condições de ser fonte de vida boa. Confiram um trecho da entrevista.
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CARIOCA - Você está ainda no EUA não é? Quais são as diferenças básicas entre a cena independente daí e a brasileira?
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Uirá - A cena independente aqui é tão difícil quanto a do Brasil. Aqui nos EUA uma banda grande, fica conhecida no país inteiro, e todos seus integrantes não têm trabalhos paralelos. Até bandas como Samiam e seus respectivos integrantes têm seus trabalhos paralelos para poder juntar dinheiro, é muito difícil aqui também sobreviver fazendo o som que curte. Basicamente não existem muitas diferenças.
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E tem também novidades sobre o fim (ou as férias?) do Pelebroi não sei? que inclusive ilustra a foto de abertura. Então fica assim, vai até o http://www.dynamite.com.br/portal/view_coluna_action.cfm?id_colunista=37&id_show=1169# e confere o trabalho desse louco, que além de ser meu vizinho de coluna na Dynamite, também é brother e interventor-irmão no Loaded. Estamos juntos, fazendo barulho!
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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quinta-feira, 22 de março de 2007

Paz nas ruas do Rio de Janeiro


quarta-feira, 21 de março de 2007

Lançado o primeiro site de empregos do ramo musical


O Music Jobs Brasil (parceira da Music Jobs Ltd.) acabou de lançar o primeiro site de empregos voltado para o mercado musical no Brasil. O Music Jobs Brasil pretende atender músicos, gravadoras, selos, produtoras e diversas empresas que trabalham na indústria da música brasileira (de escolas, estúdios, lojas, editoras, teatros, a casas de shows, bares, festivais, serviços de iluminação e áudio e qualquer serviço ligado ao mercado musical).
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É também um enorme banco de currículos dos músicos e profissionais trabalhando na indústria da música brasileira.
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Esse é o início da matéria que você vai encontrar inteirinha no blog do Andrei "Césio", o (com)Gestão, que está no http://www.andreilima.adm.br/?p=184. Uma idéia muito boa e que pode ajudar muita gente que busca renda e sobrevivência na música. E lá na matéria que está no blog estão os links para o site, endereços, dicas, tudo que você precisa para se orientar nessa idéia.
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Sim, existe espaço para ganhar grana envolvido com música, então dá uma olhada na matéria lá.
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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Premiação LOADED - é verdade!!


Isso porque muita gente não acredita em coelho da páscoa, não acredita em Papi Noel, não acredita em mula-sem-cabeça e não acredita em concursos de programas de rádio. Menos ainda em programas de web radio.

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Pois aí está a foto para provar que os concursos e promoções feitos no LOADED são for real! Sim, é isso mesmo! Foi feito o concurso "Porque você ama o Vila Nova?" e aí a foto da entrega do prêmio ao feliz ganhador. Claro que um concurso com uma pergunta óbvia e fácil de responder como essa iria gerar uma demanda gigantesca de ligações, e-mails, sinais de fumaça e tentativas de invasão no hard-disk do meu computador, isso porque é muito fácil amar o Vila Nova. rsrs

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O ganhador do concurso foi o frito Fred Policarpo, ao meu lado na foto com camisa lau-lau branca e seu prêmio nas mãos: o Cd "Manicomial" do super-hiper-duper guitarrista Luis Maldonalle. A entrega do prêmio aconteceu ontem nas instalações suntuosas do Estúdio República, de propriedade dos empreendedores motherfishianos Túlio & Marlos.

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Aos outros milhares de participantes do concurso, melhor sorte na próxima. Outros concursos virão, pois nós do LOADED adoramos presentear nossos ouvintes fiéis!

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A propósito o site do LOADED é o www.loaded-e-zine.com e toda semana Valter Resende, Alexandre "Tiny Shorts" Moreira, Luciano "Lucky" Carioca e Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei estão fazendo barulho nas airwaves da web. Dá uma checada e confere a bagunça.

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Há braços!

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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei


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Sem comentários.


terça-feira, 20 de março de 2007

Está em São Paulo? Não perca essa!

Inauguração da "Menor Livraria do Mundo" no Piano Bar Jeremias. Programação extensa, muita gente das artes e cartuns e obras originais para os frequentadores durante a programação. Clique na figura e veja-a ampliada em todos os seus detalhes e sabores. Putz, não pode perder uma dessas!

Fora Bush?

Tem umas coisas que realmente incomodam e chateiam, mas é interessante perceber quando você não está sozinho em suas inquietações. Essa semana eu tive o prazer de entrevistar o Clemente, vocalista e fundador do Inocentes, banda histórica e fundamental do punk rock nacional, para a Dynamite On Line (a entrevista inteira você encontra aqui nesse link: http://www.dynamite.com.br/portal/view_coluna_action.cfm?id_colunista=44&id_show=1163) e ele falou uma coisa que me chamou a atenção, por eu também acreditar naquilo. Segue o trecho mencionado:
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"Sinceramente? Achei um pouco fora de contexto, como eu disse antes, acho o Chávez mais perigoso para a América Latina que o Bush, ele fez uma burrada no Iraque, mas já está pagando um preço altíssimo por isso. Agora gostaria de ver essa mesma disposição para enfrentar os nossos problemas, fui tocar em Palmas, Tocantins (Nota Inimiga – no bar do lendário Porkão! O Quarto Tendencies Rock) na semana passada e vi o Maluf no aeroporto, ele foi condenado, mas agora tem imunidade parlamentar, e aí? Ninguém vai lá para a Paulista quebrar tudo? Acharia mais legal as pessoas protestarem contra o Bush, se tivessem a mesma disposição para brigar pelos nossos problemas, o que nós temos as pencas. Fora Bush! Fora Maluf! Fora Zé Dirceu! É por isso que me chamam de chato, hahahahahaha! Tenho minhas próprias opiniões, o que todo mundo espera é que eu diga: É isso mesmo, fora Bush nazista, assassino!! O Chávez é foda por que desafia ele, hahahahaha! Então as pessoas se decepcionam comigo pois não falo o que elas esperam, como eu disse não sou o punk de plantão. Odeio do mesmo modo Bush, Bin Laden e Chávez. Para mim são todos farinha do mesmo saco, manipulam e matam por interesse próprio. Não estão nem aí com o povo."
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Porque é fácil ficar arrotando contra o imperialismo yankee, invadindo McDonaldos da vida para promover quebradeira ou protestando nas portas de bancos americanos. Apesar de que mesmo sendo fácil ainda tem gente que é muito imbecil para conseguir fazer isso. Eu explico, aqui em GoiâniaTown uma turma juntada por um pilantra chamado Elias Vaz - um político oportunista carreirista de terceira categoria - com o pessoal do PSTU se uniram para protestar na frente de uma agência do Bank Boston, quando da visita do Bush ao Brasil. Só que os aguerridos companheiros não se lembraram que as agências e operações do Bank Boston no país já foram incorporadas pelo Itaú há muito tempo. Tornando-se o Itaú Personalité.
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Juntaram-se aquele bando de bocós (brigado Aline!) na porta do banco para protestar, com suas bandeirinhas coloridas, com seu carro de som pago pelo dinheiro de algum sindicato e iam começando o tumulto (umas 40 pessoas. Uma multidão!! hahahahahaha) quando o gerente do banco saiu e explicou que o banco Itaú é um banco nacional. Brasileiro! Os tontos ficaram com cara de tacho e ainda quiseram manifestar deitando na rua e tentando fazer bagunça. Uma papelão ridículo.
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Porque gente assim como esse rato Eliaz Vaz não procura protestar contra as maracutaias que grassam no Congresso do país? Porque esses politiquinhos ridículos não tentam fazer a legislatura algo mais digno e que respeite mais o povo, para set também mais respeitada? É muito fácil pegar bandeiras coloridas e fazer bagunça nas ruas contra a presença do Demoníaco JorgeBuchi. Ridículo.
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O título desse post foi tirado da coluna do Fernando Cazian (http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult1470u22.shtml) que reproduzo abaixo. Exatamente isso que Clemente, eu, Canzian e mais um monte de gente pensamos: porque protestar contra a visita desse cidadão estadunidense se não fazemos nenhum barulho contra a bandalheira que vive acontecendo em nosso país? Guerrilheirozinhos de orkut que querem bagunça, mas não tem culhão (assim como eu e muitos outros covardes acomodados) para protestar contra as instituições corrompidas do país.
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Enfim, segue o texto do Canzian. Ele diz tudo.
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Fora Bush?
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É inacreditável a cara de pau e a insistência com que a nossa classe política teima em querer torrar dinheiro público.
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Nem três meses se passaram desde a proposta indecente de quase dobrar os salários dos parlamentares, fala-se agora em um reajuste de 28% para a verba de gabinete dos deputados. A verba, para contratação de assessores e parentes, pode subir de R$ 51 mil para R$ 65 mil ao mês, por parlamentar.
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Seriam 225% de aumento nos últimos dez anos, para uma inflação acumulada de 91% no período. Um escárnio, considerando que cada deputado (são 513) já custa à sociedade cerca de R$ 100 mil por mês.
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Com exceções, infelizmente a classe política no Brasil vai se tornando inimiga do povo a cada legislatura. Párias ao avesso, promovem desvios, politicagens que beiram o suborno e não oferecem nenhuma punição entre eles.
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Nesse caldo, agora surge de dentro da Comissão de Constituição e Justiça do Senado a proposta do senador Edison Lobão (PFL-MA) de se fazer um plebiscito para a criação do Estado do "Maranhão do Sul". Com uma Assembléia Legislativa novinha em folha e mais vagas de deputados para o contribuinte carregar nas costas.
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"Tenho dito que, quando temos um filho e esse filho deseja a independência, não devemos impedi-lo", disse o senador José Sarney (PMDB-AP) sobre a proposta. Tenha dó.
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Só entre os 5.565 municípios brasileiros já são gastos por ano cerca de R$ 10 bilhões para manter atividades consideradas puramente "políticas". Em muitos casos, salários de prefeitos e vereadores só são suportáveis porque as cidades recebem repasses da União. Não há "independência", só trouxas aqui pagando a conta.
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Segundo estudo feito pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), mais da metade das cidades (57%) usa parcelas superiores a 21% da receita para sustentar esse "custo político". Muitas seriam inviáveis se tivessem que bancar esse custo sozinhas.
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E agora querem mais um Estado? Para quê?Todos os gastos relacionados ao "bom funcionamento" do setor público já vêm subindo a uma velocidade estarrecedora.As despesas com salários no Poder Judiciário cresceram quase seis vezes mais do que a média do funcionalismo federal entre 1995 e 2005. No Legislativo, duas vezes mais. No Ministério Público Federal, cinco vezes. O Judiciário empregou 28% mais pessoas no período. O Legislativo, 45%; o Ministério Público Federal, 59%.
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O negócio não tem fim.
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Enquanto só olham para a própria carteira, os nobres parlamentares e o próprio Executivo simplesmente se esqueceram de uma importante medida do PAC para tentar conter o gasto público: limitar o aumento anual da folha de salários do funcionalismo à inflação acrescida de um reajuste real de 1,5% ao ano.
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Simplesmente não se fala mais no assunto. Morreu. Acabou.
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Paga a conta o contribuinte e as empresas que ralam no Brasil, onde a carga de impostos sobre a sociedade já se aproxima de 40% do PIB.
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E o povo gentil, quando sai à rua para protestar, é para reclamar do Bush.
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Fernando Canzian, 40, é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Escreve semanalmente, às segundas-feiras, para a Folha Online.

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E é óbvio que muitos que coadunam com essa postura rebeldezinha-toddynho vão dizer que o texto é da Folha, que é direitão e tudo mais, mas será que alguém pode contra-argumentar contra essa sandice pateta de protestar contra uma visita, mas nunca se rebelar contra as constantes situações em que somos ridicularizados e vilipendiados?
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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sábado, 17 de março de 2007

Sem comentários.


PA: menino de 8 anos mata garoto de 3 a pauladas
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Um garoto de 8 anos confessou ter matado a pauladas Kauã Damásio Peres, 3 anos, em Novo Progresso, no Pará. Kauã foi morto e depois decapitado com uma faca. Ao ser questionado pela polícia sobre o motivo do crime, o menino, ainda com a arma nas mãos e vestígios de sangue, disse apenas que não gostava de Kauã.
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A vítima teria sido levado pelo colega para fora da escola até um terreno baldio, onde ocorreu o crime. Seu corpo foi encontrado na quarta-feira, conforme O Estado de S.Paulo.
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O juiz Celso Marra Gomes ouviu o assassino em depoimento e depois, por medida de segurança, determinou a transferência para Santarém, onde se encontra sob proteção do Conselho Tutelar. A perversidade do crime surpreendeu até o delegado da cidade, José Casemiro Beltrão.
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sexta-feira, 16 de março de 2007

Rock e ditadura.








Propaganda transforma ditadores em astros do rock - retirado do http://br.invertia.com/

A rádio grega Galaxy 92 lançou uma campanha publicitária inusitada que mostra fotos de diversos ditadores, como Adolf Hitler, Josef Stalin e Mao Tsé-tung, fantasiados de celebridades do rock. O anúncio brinca com a idéia de que a música poderia evitar a intolerância cultural e política.
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Em uma das imagens, Adolf Hitler aparece com um cabelo "black power" acompanhado da frase: "os negros são o futuro da música".
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Outra foto mostra o ditador chinês Mao Tsé-tung com a cara pintada igual aos roqueiros da banda Kiss e a frase: "Hard rock é a verdadeira revolução cultural". O líder da ex-União Soviética Josef Stalin aparece com um penteado de Elvis Presley e a frase: "eu abençôo a América pelo rock n' roll".
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A série de anúncios é denominada "Dogma" e foi criada pela agência de publicidade Lowe, localizada em Atenas, Grécia.
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Ah, a publicidade...
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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Mitocôndria Produtora de Idéias - uma REALIDADE!




Um dia duas figuras inquietas se encontraram e se juntaram pra trabalhar. Mas não tinham uma idéia simples e burocrática, antes disso tinham uma idéia atrevida e desconhecida, um troço que não existia, um unicórnio dourado que poderia atender um monte de necessidades de um cenário cultural letárgico e mal acostumado. Geórgia Cynara e Homero Henry são estas criaturas, venenos poderosos que vêm - ambos - em vidros pequenitos, mas com poder de destruição gigantesco. Isso porque já disse o velho sábio que "todo impulso destrutivo é um impulso criador". Pois criando, e sem interrupções, esses dois doidos foram juntando gente em volta (o Léo, eu, o Guga, por exemplo) e foram teimando em remar pra cima da cachoeira.

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Não era uma ilusão adolescida, mas um projeto de uma empresa rentável, profissional e que traga satisfação aos envolvidos. A Mitocôndria é essa realidade, e o SEBRAE reconheceu isso, fazendo uma matéria sobre a idéia e sobre as ações desenvolvidas.

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Vai até o http://www.sebraego.com.br/site/site.do?idArtigo=2343 e leia a matéria feita sobre a Mitocôndria. Um reconhecimento que vale muito, para quem sabe o valor que o trabalho tem.

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Eu tenho muito orgulho de ser parte desse time. Géo e HxHx, meus sinceros cumprimentos.

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Há braços!

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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei

eduardoinimigo@gmail.com

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quinta-feira, 15 de março de 2007

Festival Fora do Eixo - a farra continua!


Goiânia, cidade partida?

Recebi um e-mail no começo do mês, do Mauro Alves. Depois de mais um bate-boca promovido por mim e pelo Segundo (proprietário do selo Two Beers or Not Two Beers, daqui de GoiâniaTown) no orkut, ele se incomodou e me mandou a mensagem abaixo.
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Foi um tabefe bem dado, elegantemente aplicado e com algumas razões, o que motivou meu pedido ao Mauro para publicar o texto aqui no blog Inimigo. Toda a minha conversa com o Mauro, negociando a permissão para colocar o texto aqui, foi enviada para o Segundo por e-mail, e a idéia por trás de colocar esse texto aqui é abrir os canais de comunicação e estimular o debate sobre a nossa cena rock independente.
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Abaixo da mensagem do Mauro eu já coloquei as minhas considerações, respondendo os questionamentos e as provocações da mensagem. O espaço está aberto para quem quiser participar e soltar sua voz nos comentários, ou se quiser enviar um texto maior para alimentar a discussão, manda para eduardoinimigo@gmail.com e eu coloco como um post aqui. Inclusive foi essa a proposta feita para o Segundo, que envie seus comentários para que eu os coloque como um post. O propósito não é alimentar rixa nem estimular dissidências, pelo contrário, a proposta é aproximar.
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Para quem não é de GoiâniaTown um esclarecimento se faz necessário. O selo do Segundo é um dos mais antigos da cidade e tem preferência - não exclusividade - por sons pesados como hc, metal e assemelhados. Segundo defende uma ideologia underground de contra-cultura, embasado em suas leituras de filosofia e em sua vivência, e por acreditar nisso e ser de uma família de posses ele é muito atacado por fakes de orkut que alegam que ele é playboy e filhinho de papai, o que imagino que o irrita bastante. O fato é que nos diferenciamos nas crenças de parcerias, qualidades nos eventos, formas de trabalho e um monte de outras coisas. Antes que pareça que somos adversários que se odeiam, deixo claro que nossos contatos no mundo real são sempre tranquilos, conversamos, damos risada e eu falo com sinceridade que não tenho nada contra a pessoa dele. Imagino que a recíproca é verdadeira.
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Mas somos dois teimosos e falamos muito. Daí nossos pegas virtuais quase constantes. No fim de tudo eu me divirto bastante com nossos pegas, acho que ele também deve rir bastante. Enfim, leiam a mensagem do Mauro, depois as minhas considerações e vamos ver quem mais entra na prosa.
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Goiânia, cidade partida.
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E quem se importa? Não eu.
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Estou me referindo à última contenda entre Segundo e Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei. Ao ler as dezenas de posts no tópico do aniversário da DECIBÉLICA, fiquei pensando: o que esses dois querem? Os textos do Segundo são como prédicas, algo como ler “O Evangelho segundo Segundo”. O tom é messiânico e, como bem expôs o Eduardo, fica parecendo que o dono da verdade é ele. Confesso que estou mais próximo de concordar com o Segundo do que com o Inimigo. Mas, apesar de, a meu ver, tangenciar a verdade, Segundo põe sua argumentação a perder ao usar um tom inegavelmente emocional. O Eduardo é psicólogo, tem o jeitão condescendente dessa raça, o que me deixa com um pé atrás, apesar de concordar com coisa e outra que diz, e de admirar seu domínio da escrita e articulação.
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Segundo, o que você quer? Que a galera do Rockefellers vá fazer um som parecido com o do Corja? Ou do Murder? Que vá tocar no Cantoria e beber catuaba no meio-fio na frente do DCE? Você sabe que isso não vai acontecer. E sabendo disso, ao criticá-los, fica parecendo que você quer que os caras parem com a banda, com a revista e seus shows, só porque não se enquadram com o que você definiu como certo. Eles têm um background social e cultural diferente, não podem, nem querem, fazer algo pro público do DCE, Capim Pub, etc. Existem trajetórias diferentes, sempre houve. Existem escolhas diferentes, também. Sex Pistols eram working class, e eram foda. Já o Clash tinha o Strummer que era middle class, e eram foda também. Velvet Underground era formado por caras sensíveis, novaiorquinos oriundos de escola de arte. Stooges era ralé. Qual deles foi o melhor, você arriscaria dizer? Por acaso bandas como Velvet Underground, Talking Heads, Residents, Can, e outras que não rezavam pela cartilha da chinelagem, não deveriam ter existido? Não estou falando aqui que Rockefellers faz parte desse tipo de rock intelectualizado, pelo amor de Deus. Estou só defendendo a biodiversidade no rock. E não me fale de atitude rock, por favor. Só dou valor a esse tipo de coisa hoje se tiver muito senso de humor por trás. Muita sacanagem e capacidade de rir de si mesmo. Não parece ser o seu caso. Você tem uma ideologia (quase uma religião como todas as ideologias) e, sobre isso só tenho uma coisa para te dizer: cuidado com ideologias.
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Eduardo, o que você quer? Sei que não quer calar o Segundo, mas sim que ele faça suas críticas de forma mais amena, mas acho que cada um tem seu jeito, e esse é o dele. E acredito que o Segundo tem um papel aqui, o de jogar merda no ventilador. Querer que ele não diga pra galera baixar a bola é babaquice. O argumento de que tem mais é que falar bem, apesar de o artista não ser bom, para que, no fim, se torne bom, é falacioso. E pode redundar em algo perigoso, a auto-indulgência. Se ficarmos nessa de the scene that celebrates itself, aí é que Goiânia não vai dar nada mesmo em termos de rock. O Segundo diz, e eu acredito, que existem outros que pensam como ele, mas não têm coragem de falar o que ele fala. Ele é o porta-voz do baixo-clero do rock goiano (não é uma ofensa, Segundo), uma galera que, apesar de não repercutir nacionalmente como as bandas que circulam a Monstro, representam, bem ou mal, a verdadeira face do rock goiano, a meu ver: orgulhosa e caricaturalmente ignorante, bêbado de catuaba, desleixado e fedorento e, infelizmente, que se leva muito a sério. E, mesmo morando no Bueno, tendo o pai rico, e, principalmente, não sendo nem um pouco ignorante, apesar do desapego pelas vírgulas, o Segundo é um dos ícones dessa rapaziada e o modo com que se expressa é típico desse pessoal. Sim, seu discurso fica prejudicado pela forma com que o apresenta, admito. É o problema de se levar por demais a sério. Ele mesmo diz carregar uma bandeira. Fica difícil rir quando se está abraçado a um mastro, me disseram. Mas a fala enfezada é o texto e a entonação da turma dele e você pode não gostar do som que fazem, nem do modo com que falam, mas eles existem e são maioria, pelo menos na cena rock. E querer que mudem o discurso, falando de outro modo, de forma mais conciliadora, é o mesmo que o Segundo pedir pra o Rockfellers tomar cerveja no bar da rua 03 e tocar no Cantoria. Cada um, cada um, e está todo mundo errado.
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Mauro Peixoto Alves
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Resposta de Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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Cara, isso que eu acho fantástico, a diversidade de opiniões, a multiplicidade de formas de ver um mesmo fato. Eu confesso que algumas coisas que o Mauro diz na mensagem dele não me fazem nenhum sentido e não concordo mesmo, mas muitas outras são extremamente coerentes e precisavam ser ditas em voz alta realmente. Tomei os meus tapões no pé da orelha com o que ele disse, claro, mas o mais importante é abrir a discussão e estimular essa conversa. Vou me dedicar agora a comentar e responder e dar seqüência a essa mesa redonda do rock independente goiano. Vamos lavar a roupa, molecada!
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Para começo de conversa, quando o Mauro fala do post sobre o aniversário da DECIBÉLICA, ele está falando sobre o post que comenta o evento que vai rolar no dia 31 de março, comemorando um ano de existência da revista, que vai acontecer no Martim Cererê e vai ter shows de um monte de banda legais entre elas MQN e Forgotten Boys. Serviço dado!
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Agradeço pelo comentário generoso sobre minha articulação e domínio de escrita, eu me esforço para atingir um patamar satisfatório. E sobre o “jeitão condescendente”, Mauro, não sei se é do psicólogo ou do trintão. Acho que seja mais da idade, de olhar as coisas e pensar “vocês ainda vão passar por isso” sem querer soar pregador ou piegas. Deixa os meninos quebrarem a cara, tentarem, errarem, é assim que se cresce e eu tenho certeza de que – apesar de tudo que possa parecer – não sou o dono da verdade. Minhas verdades nem sempre servem sequer pra mim, quem dirá para outros que não vivem o que eu vivo?
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Sim, você está certo ao dizer que não quero calar o Segundo, até porque duvido que alguém consiga. Concordo também que “cada um tem seu jeito”, mas aprendi em minhas aulas de Moral e Cívica (essa matéria é do tempo da ditadura militar, hoje não existe mais) que a minha liberdade termina onde começa a do outro, o que foi confirmado nas minhas aulas de psicologia que me mostraram que o ser humano só se confirma na relação, e a relação é uma coisa construída. Tá, esse é o jeito do Segundo, mas isso não obriga o mundo a aceitar calado as coisas da forma que ele quer. Acho que muitas vezes o tema da conversa se perde por causa do formato que se conduz a prosa, e quando o Segundo entra numas de pregação e determinismo da verdade, eu realmente me irrito e não “arresisto” em silêncio. Sei da inteligência do Segundo e sei que – quando quer – ele consegue se adaptar, mas quando vejo que ele está atacando por atacar, isso me chateia. Então o que tento é facilitar o diálogo, talvez buscando facilitar para meu lado? Pode ser, admito a canalhice do argumento, mas ainda assim eu não vejo críticas que me mostrem se eu posso melhorar minha forma também. Por isso assumo então que estou no rumo certo.
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Não concordo com esse papel de “jogador de merda oficial do reino”, porque ninguém deveria se prender a um personagem dessa forma, fica bobo, fica vazio, e quando ele faz isso acaba gerando acomodação para todos os outros que não concordam com as coisas, mas ficam calados, porque “Ah, o Segundo vai falar!”. Quanto mais gente falando, mais sério se torna o tema, porque quando só uma pessoa fala acaba criando o que existe hoje, um personagem que muitos preferem não levar à sério.
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Nunca quis que ele não dissesse pro povo “baixar a bola”, e se você puder ler o meu texto na sexta DECIBÉLICA, que vai ser lançada no dia 31 de março lá no Cererê (acho que já comentei sobre isso), vai ver que eu até concordo com alguns pontos desse argumento. Quando você diz sobre “falar bem porque uma hora melhora” eu vejo que a culpa é minha, por um post mal escrito que acabou sendo mal interpretado realmente. O que é ruim tem que ouvir que é ruim. Ponto final. Não acredito que devemos elogiar todo mundo só porque já está fazendo algum barulho porque uma hora vai aprender, acho até que vai aprender muito mais rápido quando alguém aponta aonde pode melhorar, o que não funciona e o que não presta. Mas apontar falhas não é jogar pedra, pelo menos não é sempre. Isso pode ser feito de forma positiva, e aí pode soar como papo de psicólogo realmente, porque eu acredito que mais importante do que O QUE se fala é o COMO se fala.
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Posso falar um monte de coisas ruins sobre você, mas se eu escolher o momento certo, a forma adequada, eu posso fazer você me ouvir e me entender de forma muito mais produtiva. E é por isso que esse “ícone” deveria – na minha opinião – cuidar melhor de como se expressa, porque muitos moleques encostam na sombra do Segundo se sentindo representados. Se continuar sempre assim, jamais haverá diálogo nessa terra, como já foi dito por gente muito melhor que nós todos aqui “olho por olho e todos acabaremos cegos”.
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E é aí que discordo frontalmente de sua argumentação, quando você diz que não posso querer que eles mudem a forma de se expressar. Quero e não vou desistir, como aposto que muitos também gostariam muito que eu mudasse a forma de me expressar e não vão desistir disso. É justamente nessa interface que todos nós vamos crescer e melhorar, e diferente do que possam pensar muitos, evoluir, crescer, melhorar, não são ruins por si só. Sei que não é fácil e não tenho certeza se sei o caminho, mas sei que vou continuar tentando.
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Você me pergunta o que eu quero? Eu quero morangos, Mauro, quero muitos morangos.
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Muito agradecido pela provocação e pela coerência de argumentos.
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Como eu disse, o espaço está aberto...
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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terça-feira, 13 de março de 2007

Quer se prostituir? O Ministério do Trabalho te ajuda.

Acostumamos nos país a ações intervencionistas, que buscam corrigir erros históricos com varinha de condão, ou então buscam atender o erro enquanto a solução não vem. Penso que quando atenuamos o erro, justificamos sua existência, e com isso a solução nunca vem, ou pelo menos, nunca precisa vir. Um exemplo primoroso disso foi feito pelo Ministério do Trabalho, outro órgão do governo que se ocupa da educação sexual dos brasileiros. Eis o que é necessário saber sobre a profissão 5198 do Catálogo Brasileiro de Ocupações: “Profissionais do Sexo”, voltado para prostitutas e prostitutos.
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Abaixo, está reproduzido a íntegra do que vai no site do Ministério do Trabalho. A propósito, na imagem temos Marília Pêra, em cena memorável do filme "Pixote". Uma prostituta inesquecível. E eu volto e comento no final.
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DESCRIÇÃO SUMÁRIA
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  • Batalham programas sexuais em locais privados, vias públicas e garimpos;
  • atendem e acompanham clientes homens e mulheres, de orientações sexuais diversas;
  • administram orçamentos individuais e familiares;
  • promovem a organização da categoria.
  • Realizam ações educativas no campo da sexualidade;
  • propagandeiam os serviços prestados.
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As atividades são exercidas seguindo normas e procedimentos que minimizam as vulnerabilidades da profissão.
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FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA
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Para o exercício profissional requer-se que os trabalhadores participem de oficinas sobre sexo seguro, oferecidas pelas associações da categoria. Outros cursos complementares de formação profissional, como por exemplo, cursos de beleza, de cuidados pessoais, de planejamento do orçamento, bem como cursos profissionalizantes para rendimentos alternativos também são oferecidos pelas associações, em diversos Estados. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos; a escolaridade média está na faixa de quarta a sétima séries do ensino fundamental. O pleno desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência.
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CONDIÇÕES GERAIS DO EXERCÍCIO
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Trabalham por conta própria, na rua, em bares, boates, hotéis, porto, rodovias e em garimpos. Atuam em ambientes a céu aberto, fechados e em veículos, em horários irregulares. No exercício de algumas das atividades podem estar expostos à inalação de gases de veículos, a intempéries, a poluição sonora e a discriminação social. Há ainda riscos de contágios de DST, e maus-tratos, violência de rua e morte.
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BATALHAR PROGRAMA
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  • Agendar a batalha
  • Produzir-se visualmente
  • Aguardar no ponto (esperar por quem não ficoude vir)
  • Seduzir com o olhar
  • Abordar o cliente
  • Encantar com a voz
  • Seduzir com apelidos carinhosos
  • Conquistar com o tato
  • Envolver com o perfume
  • Oferecer especialidades ao cliente
  • Reconhecer o potencial do cliente
  • Dançar para o cliente
  • Dançar com o cliente
  • Satisfazer o ego do cliente
  • Elogiar o cliente
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MINIMIZAR AS VULNERABILIDADES
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  • Negociar com o cliente o uso do preservativo
  • Usar preservativos
  • Passar gel lubrificante à base de água
  • Participar de oficinas de sexo seguro
  • Reconhecer doenças sexualmente transmissíveis (DST)
  • Fazer acompanhamento da saúde integral
  • Realizar campanhas sobre os riscos de uso de hormônios
  • Realizar campanha sobre os riscos de uso de silicone líquido
  • Denunciar violência física
  • Denunciar discriminação
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ATENDER CLIENTES
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  • Preparar o kit de trabalho (preservativo, acessórios, maquilagem)
  • Especificar tempo de trabalho
  • Negociar serviços eróticos
  • Negociar preço
  • Realizar fantasias eróticas
  • Cuidar da higiene pessoal do cliente
  • Fazer streap-tease
  • Fazer carícias
  • Relaxar o cliente com massagens
  • Representar papéis
  • Inventar estórias
  • Manter relações sexuais
  • Dar conselhos a clientes com carências afetivas
  • Prestar primeiros socorros
  • Fazer compras para o garimpo (rancho)
  • Lavar roupas dos garimpeiros
  • Cuidar dos enfermos no garimpo
  • Posar para fotos
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ACOMPANHAR CLIENTES
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  • Fazer companhia ao turista
  • Fazer companhia a cliente solitário
  • Acompanhar cliente em viagens
  • Acompanhar cliente em festas e passeios
  • Jantar com o cliente
  • Pernoitar com o cliente
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ADMINISTRAR ORÇAMENTOS
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  • Anotar receita diária
  • Listar contas-a-pagar
  • Pagar contas
  • Contribuir com o INSS
  • Contribuir com a receita familiar
  • Separar parte da receita diária para poupança
  • Aplicar dinheiro em banco
  • Abrir conta poupança habitacional
  • Investir em empreendimentos de complementação de renda
  • Investir em pepitas de ouro
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PROMOVER A ORGANIZAÇÃO DA CATEGORIA
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  • Promover valorização profissional da categoria
  • Ministrar cursos de auto-organização
  • Apoiar a organização das associações
  • Fazer campanha de filiação
  • Realizar articulações políticas
  • Combater a prostituição infanto-juvenil
  • Participar de movimentos organizados
  • Treinar multiplicadores de informação
  • Distribuir preservativos
  • Contribuir para a documentação histórica da prostituição
  • Fomentar a educação geral
  • Fomentar cursos profissionalizantes
  • Reivindicar fundos para profissionalização
  • Participar da organização de cursos de primeiros socorros
  • Reivindicar cursos básicos de línguas estrangeiras
  • Participar da organização de cursos de beleza e massagem
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REALIZAR AÇÕES EDUCATIVAS NO CAMPO DA SEXUALIDADE
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  • Elaborar roteiro de teatro educativo
  • Produzir espetáculos educativos
  • Encenar espetáculos educativos
  • Conceder entrevistas
  • Aconselhar meninas de rua
  • Ministrar palestras na rede de ensino
  • Ministrar palestras nos cursos de formação e reciclagem de policiais
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DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS
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  • Demonstrar capacidade de persuasão
  • Demonstrar capacidade de expressão gestual
  • Demonstrar capacidade de realizar fantasias eróticas
  • Agir com honestidade
  • Demonstrar paciência
  • Planejar o futuro
  • Prestar solidariedade aos companheiros
  • Ouvir atentamente (saber ouvir)
  • Demonstrar capacidade lúdica
  • Respeitar o silêncio do cliente
  • Demonstrar capacidade de comunicação em língua estrangeira
  • Demonstrar ética profissional
  • Manter sigilo profissional
  • Respeitar código de não cortejar companheiros de colegas de trabalho
  • Proporcionar prazer
  • Cuidar da higiene pessoal
  • Conquistar o cliente
  • Demonstrar sensualidade
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RECURSOS DO TRABALHO
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Acessórios;
  • Agenda;
  • Cartões de visita;
  • Celular;
  • Documentos de identificação;
  • Gel lubrificante à base de água;
  • Guarda-roupa de batalha;
  • Maquilagem;
  • Papel higiênico;
  • Preservativo masculino e feminino
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Já ouviu a expressão "mexer no bandaid mas não curar o ferimento"? É isso que vivemos no país, ações que visam remendos, atitudes paliativas, mas que não buscam resolver o problema em si. E antes que avancemos mais eu preciso afirmar: Sim, eu considero que a prostituição é um erro. Não estou sendo moralista, porque sei que todo moralista é um falso-moralista. Acho que a prostituição é um erro não por motivos religiosos ou familiares, mas antes por motivos humanos.
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Sexo é uma coisa muito importante para mim, sem dúvida alguma a mais importante de todas na minha vida. E sei que sexo é fantástico quando feito displicentemente com outra pessoa (ou até mesmo sozinho, porque não? Também é muito bom!), mas sexo consegue ser mágico e enlouquecedor quando feito com envolvimento emocional, com sentimento, com paixão, com entrega, e por isso não concordo com a prostituição.
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Como disse que não vou bancar o moralista, outro adendo cabe nessa conversa: sim, já fui à muitos puteiros na minha vida. Até confesso achar o ambiente muito bom, divertido e liberal. Mas aí já caímos nas minhas canalhices particulares, de viver paradoxalmente e negando minhas crenças pelas experiências.
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O fato é que em uma sociedade que se dissesse sadia - Walden poderia ser um exemplo - não existiria ambiente para a prostituição, porque as pessoas poderiam ter sexo com envolvimento (ou não) sem transformá-lo em mercadoria. Muita gente diz que atualmente o sujeito que paga uma mulher é um mané, porque o sexo já não é uma dificuldade como foi em tempos hipócritas anteriores. Isso só reforça minha opinião, porque se o sujeito pode dar prazer para uma guria e também ter prazer com essa guria, que seja por um ano de namoro ou por uma noite de aventura, então porque transformar a experiência mais íntima possível em meio de sobrevivência para alguns e algumas.
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Não sou ingênuo, sei que muitos que se prostituem não tem interesse nenhum em sair dessa vida, e não estou pregando que nós devíamos sair pelos puteiros do mundo convertendo as meretrizes e cafetinas. Estou dizendo apenas que a prostituição é um sintoma de uma distribuição de renda inadequada e perversa, de um mundo que acha piegas a afetividade e o carinho, de uma sociedade que se avalia pela posse (mesmo a posse de outras pessoas) e que antes de regulamentar uma situação como essa, deveríamos estar buscando formas de diminuir essa realidade.
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Buscar então um mundo sadio (e digo sadio no sentido de saúde mental e afetiva) em que as pessoas possam se entregar e se devorar pelo simples prazer de gozar um com outro, ou um NO outro. Como digo no perfil do orkut, "vamos deixar de lero-lero, não existe sexo sem amor, se o tesão for sincero". Buscar esse mundo sadio não é criar uma cartilha didática em que se apresente uma descrição profissiográfica da vida de puta ou puto, como se estívessemos conduzindo um treinamento profissional no sebrae ou um recrutamento seletivo para preenchimento de vaga, relativizando uma situação de forma leviana. Essas intervenções pontuais são antes de tudo, sanitárias. E oportunistas.
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Poderíamos viver melhor sem isso.
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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Site DECIBÉLICA no ar.

Está no ar o site da revista DECIBÉLICA, lugar impresso em que derramo mais dos meus impropérios. Vai até o http://www.decibelica.com/ e conheça um pouco mais sobre essa publicação goian... er... universal! Acho que isso define melhor.
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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segunda-feira, 12 de março de 2007

Festival Fora do Eixo - invadindo o Eixo! parte 2

E ainda: Sábado (17/03) na Fun House - show com a Monno a partir das 22h

Cadastre-se nas Listas Amigas das Casas de Shows e tenha acesso a preços mais baratos!

Inferno Club
R$ 15 reais s/nome na lista e R$ 10 reais com nome na lista. Para inclusão, envie um e-mail para lista@infernoclub.com.br
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Dynamite Pub
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Sattva bar
Gratuito

Outs
Preço único R$ 10 reais
http://www.clubeouts.com.br/
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Mais informações: http://www.festivalforadoeixo.com.br/
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domingo, 11 de março de 2007

Camisa de Vênus está de volta! Sílvia, tremei!!!


Deu na Dynamite On Line:
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O CAMISA DE VÊNUS ESTÁ DE VOLTA
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Com essa onda de retornos, de nomes que vão de Rage Against The Machine a Jesus And Mary Chain, o Camisa de Vênus também anunciou sua volta à ativa.
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No final do mês que vem, a banda, contando com Marcelo Nova, Karl Hummel, Gustavo Mullen, Roberio Santana, Luiz Carlini e Dennis Mendes, dá início a uma turnê pelo Brasil, começando pelo Festival da Cerveja de Divinópolis, em Minas Gerais.
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Lembro quando eu fui ao show do Camisa de Vênus no Ginásio Rio Vermelho. Eu conhecia pouca coisa da banda, porque tinha ouvido o "Batalhão de Estranhos" que o Maurão tinha. Não gostava muito, achava o som tosco, mas as letras eram legais e - afinal de contas - não existia muito show de rock em Goiânia, então quando rolava algum eu ia sem questionar.
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Foi um dos melhores shows que eu já fui na vida. Que banda porrada! O Marcelo Nova tinha o ginásio inteiro nas mãos, o povo pulava, gritava, urrava o "Bota pra fudê!" a plenos pulmões. No outro dia eu fui até o Bazar Paulistinha procurar o "Viva", o disco ao vivo da banda. Mais da metade do LP era censurado, não podia ser "veiculado por radiofusão" e isso foi ainda mais um motivo para eu venerar a banda.
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Comprei, aprendi e depois gravei um K7 que rolava no chevetão do meu primo Humberto sem parar, cantando "Sílvia" e outros clássicos. Agora eles estão de volta. É esperar pra ver o que sobrou.
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Gostei da notícia! Essa é uma banda que deveria ter voltado a mais tempo.
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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sexta-feira, 9 de março de 2007

Uma questão de prioridades


quinta-feira, 8 de março de 2007

Apedeuta, noçoguia, molusco, escolha o nome você que lê.

Antes de mais nada preciso admitir uma coisa, pois podem me acusar de nomes e atitudes que não são verdadeiras: eu sempre votei na esquerda, e em todas as eleições presidenciais que ele participou - com exceção da última, em que anulei meu voto - sempre votei no Lula.

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Dito isso, também quero deixar claro que nunca mais voto em Lula. Sou um dos orfãos da esquerda, aquele monte de gente que tinha uma renca de esperanças de que quando a esquerda fosse eleita, tudo seria diferente, tudo mudaria para melhor, especialmente as questões éticas e sociais; ou seja, eu era (e tomara que tenha aprendido a lição) mais uma besta sebastianista que achava que alguém - ou, no meu caso, alguma vertente ideológica - iria nos salvar dos desatinos políticos, da corrupção, da bandalheira, da canalhice e de tanta coisa que vemos diariamente que nos espezinham, nos humilham e nos reduzem.

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Dito tudo isso, quero colocar aqui um trecho de mais um brilhante discurso feito pelo presidente, que me permito o direito de chamar de besta completa. Depois comento.

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"Vamos fazer o combate à hipocrisia no País. Preservativo tem que ser doado e ensinado como usar. Sexo tem que ser feito e ensinado como fazer, somente assim teremos um País livre da aids";-"Não tem como carimbar na testa de um adolescente quando é momento de começar a fazer sexo. Sexo é uma coisa que quase todo mundo gosta, é uma necessidade orgânica do ser humano, portanto o que nós precisamos fazer é ensinar";-"É preciso melhorar a massa encefálica dentro do cérebro para as pessoas compreenderem que as mulheres devem ser respeitadas".

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Esse trecho é um primor da obra luliana. Não satisfeito em querer "ensinar a fazer sexo", o que por si só já é um arroubo que navega entre a tentação ditatorial e a estultice completa, ele também filosofa sobre necessidades ou desejos (prefiro ver assim, para me diferenciar das feras) inerentes ao ser humano - uma necessidade orgânica. Pobres iogues e monges que se privam dessa necessidade orgânica, provavelmente enlouquecem em seus claustros. Mas como se tudo já não fosse muito, ele ainda pespega essa tirada digna de figurar no "Pérolas do Orkut", querendo melhorar "a massa encefálica dentro do cérebro das pessoas". Isso eu não comento, não posso descer tanto.

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Me espanta o digno sujeito querer agora que as escolas ensinem sexo aos alunos, se não conseguem sequer ensinar a raciocinar, a fazer contas, a interpretar um texto. Escolas que tem níveis tão ridículos de aproveitamento, agora teriam que se prestar a ensinar "necessidades orgânicas" para seus alunos. Não importa o que pais pensem, não importa a linha educacional das escolas, agora terão que invadir a privacidade e ensinar sexo.

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Ensinar sexo seguro é uma coisa, isso que esse lunático falou é sandice. E não se trata de preconceito burguês ou segregação de castas ou ranço "daselitez", o que se trata agora é de perceber que o avião está sem piloto. O gracioso batedor de penalti (descalço, suarento e todo amarfanhado, como cabe a um presidente da república) quer saber-se conhecedor de políticas públicas de educação sexual.

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Boris Casoy diria em seus bons tempos que isso "é uma vergonha". Eu digo que é uma merda.

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Há braços!

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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei

eduardoinimigo@gmail.com

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terça-feira, 6 de março de 2007

O quadro


Eis o quadro mencionado no post abaixo: Açougue, de Pieter Aertsen (1551).

Antes João Hélio, agora Alana.

Texto retirado do Blog do Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/
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Depois de tudo que já soltei aqui, esse texto reforça o que deveria ser a nossa indignação. Como diz o Reinaldo, volto depois do texto.


O Brasil é um açougue. Quem chora por Alana?

Acima (no post anterior), o quadro Açougue, de Pieter Aertsen (1551). Aqui nesse post, primeira página de hoje da Folha.
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Retrato triste e revoltante estampado na primeira página da Folha de hoje: Edna Ezequiel chora a morte de Alana Ezequiel, 12 anos, sua filha, atingida por uma bala perdida no confronto entre traficantes e a polícia no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, no Rio. Edna traz no pulso o que poderia ser uma profissão de fé, uma aposta, uma crença no futuro: uma pulseirinha com a bandeira do Brasil. Todos os adornos do braço remetem às cores pátrias. Edna traz no pulso um certificado. Não há dúvida de que sua filha morreu no Brasil. O Brasil que você traz no braço, Edna, matou sua filha. Sua pulseira não é um adorno, é um grilhão. “Os grilhões que nos forjavam/ da perfídia astuto ardil...”
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Revoltamo-nos com absoluta justiça quando uma criança, como João Hélio, é morta, arrastada como foi, descarnada, vituperada, despida de sua pele como quem é expropriado de sua humanidade. Que diabo está acontecendo conosco? Precisamos pendurar o Homem (vai aqui com “h” maiúsculo) nos ganchos do açougue de Pieter Aertsen para nos comover? Já não nos basta mais a morte, tão nossa íntima, tão próxima de nós, tão corriqueira, tão banal. E, sim, é verdade: aquele país da pulseirinha embandeirada se mobiliza menos quando morre um preto pobre do que quando morre um branco de classe média. A esquerda vive gritando isso por aí. Ocorre que ela não quer proteger os negros. Ela os quer como bandeira política. O país que mata a filha de Edna tem cotas em universidades. Os pretos de tão pobre e pobres de tão pretos servem ao proselitismo político; são só um pretexto.
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Desde o episódio de João Hélio, o que mesmo se fez para combater a violência e diminuir a impunidade? Márcio Thomaz Bastos meteu o nariz (enorme!) no debate apenas para pedir calma: diz ele que não quer uma legislação do pânico. Lula acusou a falta de crescimento econômico dos governos passados. Na sua mente perturbada, os pobres apenas matam. Não, senhor: os pobres e pretos, como Alana Ezequiel, 12 anos, morrem. Morrem em número infinitamente maior do que os brancos de classe média: são reféns do tráfico, foram seqüestrados pela bandidagem, estão sendo chantageados por milícias, foram pendurados nos ganchos pela falta de Estado.
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Edna não aparece na televisão. Alana não aparece na televisão. Quando um negro aparece na televisão, ele já foi “embranquecido” pela ideologia da contestação. Gostamos é de um certo MV Bill, a que assisti outro dia numa palestra para alunos da Universidade de Brasília, transmitida pela TV Câmara. Disse o homem que era contra o tráfico, mas não contra o traficante. MV Bill... O nosso Santo Agostinho: contra o pecado, mas não contra o pecador.
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A bala que matou Alana também é a bala da demagogia, da má consciência.
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Boas questões colocadas por Reinaldo em seu texto, justo ele que é tão acusado de reacionário, "direitão", fascista e outros apodos gentis que lhe pespegam os do outro lado. Ele não poupa a esquerda, e por isso às vezes exagera em seus comentários, mas não se pode negar que sua crítica é pontual e precisa. Afinal de contas, o que aconteceu desde a morte de João Hélio?? Alguém responda isso, por favor!
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