sexta-feira, 27 de outubro de 2006

O Circuito Fora do Eixo pode perder o eixo?

Me chamaram uma vez de "marqueteiro demoníaco", por eu trazer termos e conceitos do marketing e das ciências comerciais para o rock independente. Confesso que até hoje eu ainda deliro quando me lembro desse momento, e acrescento que eu adoro o termo, repitam comigo: "Marqueteiro demoníaco". Hummm.... é saboroso! Parece até nome de super-herói. E hoje vou acrescentar mais um motivo para me chamarem assim, porque novamente vou tratar do rock pensando no mercado, e que se danem os patrulheiros ideológicos, porque eu tenho pouco tempo de vida e muita coisa pra dizer.
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No marketing existe um conceito chamado "Ciclo de vida do produto" com sinônimos os mais variados, mas que objetivamente diz que um produto nasce, cresce, aparece e fenece. Ou seja, tem tempo de vida e se ninguém faz nada, ele acaba naturalmente e sem deixar saudades (ao menos na maioria do público alvo, né?). Para contrariar esse movimento natural, os marqueteiros – demoníacos ou não – criam situações de renovar e revitalizar produtos, para acrescentar nova etapa de crescimento antes que surja a decadência. Quer um exemplo? O Gol da Volkswagen é o melhor exemplo. Líder em vendas há décadas, já passou por quatro "gerações", sendo que algumas delas foram apenas uma maquiagem, um "lifting" na cara do carro para parecer que algo de novo existia. Continua sendo o mesmo velho Gol de sempre, confiável, econômico, manutenção barata, bonitinho (bem "inho" mesmo), com o seguro caro bragarai e de volante deslocado pro lado. Ou você nunca viu que o volante do Gol não é certinho na frente do motorista, ele é mais chegado pro lado, o que gera uma posição não muito natural, mas ninguém liga, afinal de contas é o Gol, e melhor ainda se for um de uma nova geração.
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Digo isso porque começo a me questionar sobre os rumos do Circuito Fora do Eixo. Motivos ainda não existem, mas "se eu sou muito paranóico, é porque sei que você quer me matar". Então mesmo que ainda não existam motivos reais e palpáveis, já começam a apontar tendências, sinais de fumaça, indicações tênues de que o produto pode estar chegando ao seu momento de revitalização. Semana passada fui entrevistado pelo programa "Independência ou Morte!" da Rádio Faap – www.radiofaap.com.br – e ao me perguntarem quais os problemas eu via no Circuito Fora do Eixo, realmente me questionei pela primeira vez e falei com convicção e certeza no coração de que não via nenhum problema.
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Imagino que nessa hora muita gente torceu o bico e acha que eu surtei. É verdade, não acho que o Circuito Fora do Eixo tenha algum problema estrutural até agora, posso estar desinformado, posso estar acompanhando os eventos de forma marginal, mas a verdade é que vejo que Circulação, Distribuição e Produção de Conteúdo caminham de vento em popa. Talvez não na velocidade que poderiam, mas numa velocidade que "nunca na história desse país" houve, com produtores e bandas fazendo barulho em todos os cantos do país, circulando, cruzando as distâncias, intercambiando, conhecendo gente e conhecendo gente como jamais foi feito com tamanha intensidade.
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Dessa forma o Circuito não tem problema nenhum, atende a tudo que se propõe e supera em várias facetas. Mas não existe almoço de graça, nem perfeição, as trincas e fendas surgem subterrâneas e minúsculas, diminutas parecendo ecos falsos no radar, mas se não previstas podem se transformar em desastres irrecuperáveis. Poderia bancar a Cassandra e sair prevendo miséria, mas não quero chamar atenção com gritaria, mas sim com ponderações, fatos, observações e comentários os mais sensatos possíveis.
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Por isso acho que o questionamento ao Circuito não é de todo ameaçador, tampouco de todo inofensivo. Porque senão vejamos, algumas bandas estão se destacando e circulando com bastante freqüência, alguns produtores estão potencializando suas iniciativas e alguns canais de comunicação estão saindo à frente com novas abordagens e mídias. Qual o destino disso tudo? O Fora do Eixo quer virar o Eixo?
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Não demora surgir o patrulhamento ideológico cobrando que as bandas estão aparecendo na Rede Blob, por exemplo, e que assim estão traindo a essência do Fora do Eixo. Não demora surgir dedo apontado para aqueles que fizerem seus eventos com estruturas mega e com atrações de peso e porte, ainda que surgidos fora do eixo. Não demora alguém cobrar atitude (o que é isso, pelamordedeus?) sem que isso nunca tenha sido discutido.
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A velha querela entre underground e mainstream é a base dessa preocupação, porque muitos ainda acreditam ser o pecado original da raça humana se uma banda quer ganhar tubos de dinheiro com sua arte. Muitos ainda consideram que a humanidade inteira deveria seguir os caminhos da arte pura e sem corrupção dos circos mambembes e dos artistas desconhecidos. Muita gente ainda acha crime misturar a palavra "dinheiro" e "rock" na mesma frase, então surgem essas atitudes de querer que o mundo inteiro se comporte de acordo com o livro vermelho de Mao ou coisa parecida.
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O ponto é o seguinte, quando uma banda como o Vanguart aparecer no Faustão, tocar na principal rádio da cidade, vender centenas de milhares de CD´s, ou qualquer outro símbolo de sucesso comercial merecidíssimo que seja; como o Fora do Eixo vai lidar com isso? É essa a busca do Circuito? Favorecer a divulgação, circulação e produção de conteúdo visa "bombar" alguma banda, algum selo ou algum articulista e com isso produzir um produto vendável e de sucesso?
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Levanto essa lebre porque antes que alguém acuse gente de sucesso (e de muito trabalho) como cínicos – porque usaram o Fora do Eixo para aparecer – ou como traidores – porque não mantiveram a pureza do ideal rebelde – eu penso que é muito importante deixar isso bastante claro. E talvez eu também esteja tendo uma visão errada da coisa, vai que acontece, né?
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O Fora do Eixo tem um risco potencial maior que é de se tornar outra forma de segregação, criando um Movimento dos Fora do Fora do Eixo. Isso porque à medida que as bandas, que atualmente estão sendo trabalhadas, começarem a gerar resultados, vão também exigir mais trabalho e dedicação. E aí quem vai cuidar das novatas que estão chegando? Os produtores envolvidos com essas bandas que já conseguiram destaque vão precisar concentrar esforços nas atividades relacionadas a elas, até mesmo pelo retorno e rentabilidade proporcionados; e aí quem vai guiar, orientar ou acompanhar as que chegarem por último na festa?
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Imagino que a prática vai mudar e as novas bandas não precisarão de tanto apoio, já que a cena estará mais consolidada, os canais estarão mais ágeis e tudo estará melhor e até mesmo mais fácil. Mas isso é uma forma de se ver e eu posso – novamente repito – estar redondamente errado.
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Não é uma provocação nem um chamado às armas, mas somente uma dúvida que eu levanto, afinal de contas a maturidade do processo exige novos comportamentos e novas atitudes. Não vai ser discurso politizado que vai sustentar para sempre uma união nacional desse porte, até porque as práticas vão se alterar naturalmente no processo. Vaidades surgirão (se já não surgiram) e poderão inviabilizar parcerias. Questionamentos sobre interesses são naturais.
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E aí, em algum momento, inevitavelmente vamos ter que nos preocupar se o Fora do Eixo saiu do eixo.
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
eduardoinimigo@gmail.com
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11 comentários:

Anônimo disse...

Eduardo, achei bem pertinente teu comentário, temos que olhar pra frente e "procriar" o circuito pra queme stá vindo e deixar livre quem está no 'mainstream do underground', eles chegaram onde a gente quer e trabalha. Quando um Vanguart tocar no Faustão, certamente eles não precisarão mais de nós, será um fruto que todos nós colhemos, temos que batalhar pra que mais frutos (bandas) realmente sejam escolhidos e que muitos não apodreçam. Abraços, Tomaz (Enne).

Anônimo disse...

INteressante, muito interessante.

Anônimo disse...

Mas tem muita máscara ainda, todo mundo sabe disso. gente que quer dominar tudo com seu grupinho que não dá espaço para outros.

Anônimo disse...

Eduardo, achei exemplar a maneira como você colocou e distribuiu suas opiniões.

Sobre questionar-se sobre o Fora do Eixo, pra mim isso surgiu com o texto do Richard e os apontamentos sobre a dita "panela" de Goiânia. A partir daí comecei a maquinar onde estavam as falhas e buracos no circuito e me vi encontrando alguns. Como dizem: todo sistema é passível de falhas e tem aqueles que sempre trabalharão às margens dela.

Não me admira surgir um circuito adjacente, como um Fora do Fora do Eixo e em conversas recentes pude ver que isso tem acontecido. E também não há de se condenar essas pessoas, afinal, até aqui, o Fora do Eixo tem tido posturas que vão contra suas próprias teorias.

A discussão sobre underground X mainstream sempre existirão, mas pra mim parece que se está muito mais focado numa parte egocêntrica da coisa. Apesar de todo o sucesso, ainda me parece absurda e impossível a possibilidade de algum grupo chegar ao ponto de tocar no Faustão. O Rock no Brasil não é uma tendência e provável que nunca seja, não temos nem tradição na coisa. Eu, particularmente, acharia fantástico ver o Vanguart num programa assim, afinal isso é fruto de muito trabalho e disciplina, mas terão sempre aqueles a atirar a primeira pedra: TRAIDORES! Aconteceu com o Punk, - em todo o planeta - com o Grunge e diversos outros.

Até aqui tem sobrado "política da boa vizinhança" no circuito, basta saber até quando isso vai perdurar. Mas os trabalhos têm sido realmente admiráveis e têm funcionando realmente bem - o que é uma conquista para todos. Só acho que as falhas têm sido deixadas pra trás sem ninguém para consertá-las. E você sabe, todos as falhas de um sistema são passíveis de subversão... Surgem os Fora do Fora do Eixo. Contanto que ambos trabalhem de acordo com suas teorias, não há problema. Mas você sabe também: nenhuma teoria funciona completamente na prática e isso sempre vai existir.

Porém, persistimos!

Mariângela

Anônimo disse...

Caralho! Foda! Puta que pariu...

Cubo! disse...
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Anônimo disse...

Bacana o texto eduardo, mas acho que algumas coisas são deixadas de lado, principalmente as dificuldades estruturais existentes para abarcar tudo e todos nessa grande rede de trabalho conjunto chamado Circuito Fora do Eixo.

Nunca se esqueçam que o Circuito é um movimento social sem natureza juridica, sem diretoria e sem donos, e todos vcs que aqui estão opinando tambem participam dessa ação e precisam assumir reponsabilidades na incessante busca da corencia de nossas ações ou seja, o texto do eduardo nao aponta falhas no circuito fora do eixo e sim aponta as falhas dele mesmo, da mariangela, do pablo, do marcelo, e de todos os que de alguma forma tentam oxigenar e estruturar a cadeia produtiva da musica independente. O Umbigo de cada um é que atrapalha a coisa toda e nao o Circuito.


O thomas disse muito bem, se o vanguart tocar no faustão nao prewcisa mais do Fora do Eixo, o Fora do eixo nao quer ser o Eixo, mas tambem nao pode impedir algumas bandas de utilizarem dele como trampolim. Quem dera todos entendessesm que a melhor forma de se conseguir a auto gestão é potencializando os selos locais, é lutando contra o jabá, e conforntando a mass midia e as grandes corporações etc..

Pra se ter uma ideia, se o Vanguart assinar com uma gravadora, não se apresenta mais no Calango, pois o Cubo busca sempre essa coerencia. Produzi os caras durante anos, mas nao sou dono da banda e nem decido qual caminho ela vai seguir, mas caso decida pelo caminho contrario a coerencia do Cubo ou do Calango com certeza não trabalharemos mais juntos. Simples, facil de entender e coerente.


O Circuito Fora do Eixo tem menos de um ano de fundação e vem conseguindo gerar deliciosos frutos, nao consigo enxergar alguma movimentação que em tão curto espaço de tempo integrou tanta gente, tanta banda, tanto festival, tanto produtor, tanto selo, tanto jornalista e etc...

Não vejo pq surgir os fora dos fora do eixo, pois não somos uma entidade, não somos uma associação, nao somos um grupinho, somos um movimento que quer integrar todos os interessados, ta tudo escancarado...nao existe segredo....só trabalho. Abraços!

Anônimo disse...

E digo mais, desde o Grito Rock, onde estabelecemos uma das reuniões com maior quaorum do circuito venho batendo na tecla que é fundamental que cada produtor saibda muito bem dissociar os interesses das bandas, dos festivais , de cada produtor, dos selos, e tambem os interesses do coletivo.

Entendo sua preocupação, e posso dizer com tranquilidade e com propriedade, que o crescimento de algumas bandas em hipotese nenhuma vai diminuir os esforços em prol dos trabalhos com as bandas novas.

O Cubo é um otimo exemplo disso, produziu o vanguart durante anos, a banda cresceu se poterncializou, agora que caminha com as proprias pernas esta com outro produtor, justamente para que possamos trabalhar as novas bandas que surgem todos os dias em cuiaba e tambem no circuito.

Essa é a nossa coerencia. Mas de novo te digo, nao da pra vc impedir que produtores de bandas abandonem as suas bandas e se dediquem apenas ao circuito, o que da pra fazer é trabalhar para o surgimento de cada vez mais produtores que pensem prioritariamente no circuito, e que não se3 esquivem de auxiliar no surgimento do novo.

Vc é contraditorio quando alega que existem patruljhamentos ideologicos a algumas bandas que se "vendem" ou festivais com bandas mainstream e ao mesmo tempo levanta a preocupação que se as bandas crescerem os produtores nao terão tempo para trabalhar com as bandas novas.

Não da pra obrigar neguinho a entender o que é preocupação coletiva, o que da pra fazer é cada vez mais criar alternativas e exemplos que possam mostrar que existe sim a possibilidade de construirmos coletivamente um circuito auto sustentavel no país baseado nas cenas locais e na interligação destas cadeias produtivas.

Eduardo Mesquita disse...

Capilé,
Leia o texto novamente, porque aparentemente algo passou despercebido. Eu não aponto falhas, realmente, nisso você está certo e temos um consenso. Eu aponto riscos, falo em várias linhas que não vejo problemas no Circuito, mas vejo potencial de dano, vejo risco, e isso é muito diferente de apontar falhas. Se minhas, da Mari, suas, ou de quem quer que seja, isso é uma situação pra auto-análise, portanto, cada um por si e todo mundo com sukita.
A Mari aponta essa questão do “umbigo” também, e eu que acompanho de longe fico com maior sensação de que existe então a chance de problemas em alguma esquina, próxima ou não, com os dentes de fora esperando os Fora do Eixo sorridentes que vêm pela rua.
Sobre apresentar ou não no Calango ou no Grito eu acompanhei a situação do Rock Rocket no ano passado, sei como funciona, mas essa é uma postura do Cubo. Não é assim em outros lugares, então existe uma idéia concreta para Cuiabá, mas e o resto do país. Não são todos os produtores que possuem estruturas e políticas e posturas como o Cubo, e por isso as minhas dúvidas.
Ressalto isso, são dúvidas, não assertivas.
E não sou contraditório, amigo Pablo, porque não disse que existem patrulhamentos ideológicos, isso foi projeção ou inferência sua (desculpa, mas o psicólogo invade o teclado algumas vezes, já viu, né? Rs). Eu disse que existe o risco e logo pode surgir alguém alegando e cobrando atitudes, justamente porque não está claro pra todo mundo. Como não está claro pra mim, uai!
Quiçá essa discussão esclareça isso para outros como pode esclarecer para mim, porque se para isso servir, serviu muito.
Você aborda pontos importantes em seus comentários, mas parte de uma premissa inválida, de que eu apontei falhas no Circuito. Peço novamente, releia o texto e vais ver que não apontei falhas, levantei riscos. São coisas diferentes.
Agradeço o que me orientou, sem dúvida.

Há braços!

Anônimo disse...

Oportuna a discussão já que questionamentos como esse também auxiliam a traçar o delineamento ideológico do circuito, ou a deixar claro em qual lado da mesa nos encontramos. O Fora do Eixo vem se constituindo como um movimento social, político (sim!), e uso aqui as palavras do Capilé, sem natureza jurídica e sem donos (!), o que torna possível com que eu, você, ou qualquer outro interessado, seja um protagonista da iniciativa. Apesar disso, nos debates que vêm se travando em torno da questão, quase não tenho visto observações quanto a sua forma de organização. Questionamentos sobre "como otimizar o processo de trabalho em rede ", ou " como estabelecermos uma comunicação ainda mais vascularizada ", ou ainda "como fazer funcionar de maneira mais eficiente nossa célula de distribuição" quase nunca são levantados... Ao contrário disso, preocupações como a "minha banda ficou de fora ", ou "os produtores do circuito (como se pudéssemos colocá-los num caldeirão singular) querem impor um padrão estético xis ", têm sido preocupações muito mais recorrentes nessa praça de debates. Ora, demorou para que todos se enxergassem como protagonistas do processo e se portassem de maneira bem mais propositiva, já que o movimento Fora do Eixo parte da união de pequenos em prol do tripé de ações citadas pelo Eduardo no texto, que é o circular, distribuir e se comunicar. E é essa cultura de trabalho em rede, partindo da junção destes "pequenos agentes", sejam eles selos, produtoras, bandas, veículos de comunicação, e outros, que é a grande sacada do movimento, pois faz difundir a cultura do cooperativismo, da auto-gestão, do, de fato, independente, a cultura do ganhar menos para ganhar todos. Partindo desse propósito, sem dúvida, estaremos caminhando rumo a um novo paradigma, aquele que há séculos muitos têm tentado... Àqueles mais distantes pode parecer um discurso enfeitado, mas oras, os fatos estão postos à mesa. Aos interessados na pesquisa e na integração da rede, há na comunidade Fora do Eixo Produtores, no Orkut, um post com uma série de contatos que com certeza poderão depor sobre a movimentação nacional que vem mobilizando dezenas de estados do país. Adelante todos que ainda há muito trabalho pela frente. No mais, por hora, deixo aqui meus Há braços, sem perder de foco, que ainda faltam muitos na jornada. Até.

Anônimo disse...

vocês gostam de falar ein galera?

Eu acho apenas que o fora do eixo é uma nova cooperativa que torna possível sonhos grandiosos ou pequenos.
Quem quiser fazer panela, faça, quem quiser se dar bem e ir pro faustão (isso é se dar bem?), que vá...
Eu estou vendo a coisa acontecendo como uma intranet! Tá todo mundo ligado, uma mão lavando a outra, e é isso que vale! Cada um fazendo por si e por todos. Nem teria como ser de outro jeito!
Há Pernas!
Nosferatu - Trilöbit