segunda-feira, 22 de outubro de 2007

SANGUE SECO na Ambiente - sábado PASSADO!

Sim, é isso mesmo! Sábado último, dia 20 de outubro, rolou um show desses quatro sujeitos gente boa aí de cima. Bem, pelo menos três deles, né? Enfim, contemos a história do começo.
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Eis a divulgação feita no orkut:
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Prévia do Circuito DeciBélica na Ambiente **FREE**
A Ambiente Skate Shop e a equipe DeciBélica decidiram ferver de vez Goiânia!
***Prévia do II Circuito DeciBélica***
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Shows:
Futura
Motherfish
Resistentes
Sangue Seco
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Dia: 20/10
Horário: 16:00 impreterivelmente
Local: Ambiente Skate Shop Rua T-30 Setor Bueno
Preço: Free
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Então foi isso. O pessoal da Decibélica (Beto, Léo e demais) resolveram resolver de convidar essas bandas para fazer uma Prévia do Circuito Decibélica. Não sabe do Circuito Decibélica? Bão, vamos explicar isso antes então. Continua lendo...
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II CIRCUITO DECIBÉLICA
DIA 27/10 - DEFINITIVO -
Venenosa FM tem o prazer de apresentar: **II Circuito Decibélica**
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O Centro cultural Martin Cererê será palco de uma grande festa. No palco Pyguá grandes bandas da cena independente dividirão palco com um dos ícones do rock brasileiro: a PLEBE RUDE. O palco Yguá servirá como lounge, contando com a apresentação de renomados djs convidados!
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Palco Pyguá
- PLEBE RUDE(DF)
- ZEFIRINA BOMBA(PB)
- SUPER HI-FI(RJ)
- VIOLINS(GO)
- VALENTINA (GO)
- ROLLIN' CHAMAS (GO)
- BLACK DRAWING CHALKS(GO)
- JANICEDOLL(DF)
Palco Yguá
CRISTIANO CARAMASCHI
FABRICIO PSICODELIC
GUSTAVO VAZQUEZ (ROCK LAB)
DUO ELLE (CAROL MAYA & GABB BORGHETTI)
HIGOR COUTINHO (GOIÂNIA ROCK NEWS)
BETO DECIBÉLICA
MARCELLE VAZ
RENZO NERY
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Dia: 27/10
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Preço: R$ 15 (antecipado)
Horário: 19:00
Local: C. C. Martin Cererê
LOCAIS DE VENDA: - BOB'S - AMBIENTE SKATE SHOP - HOCUS POCUS - PSICODELIC SERÃO SORTEADOs 10 INGRESSOS COM DIREITO A ACOMPANHANTE ENTRE AS PESSOAS QUE DEIXAREM UM SCRAP NESTE TÓPICO (http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=61338&tid=2560826243280620043) !
RESULTADO DIA 25/10!!
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Entendeu agora? Então, a Revista Decibélica vai fazer essa festa loki aí no Cererê e para preparar os ânimos para o que viria, eis que os intrépidos chamaram aquela escalação lá de cima para tocar.
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Achei ótimo! Tocar na Ambiente é muito legal, o ambiente (putz, redundou agora!) é muito bacana com aquelas árvores e aqueles meninos quebrando os dentes na pista e como o show é gratuito tem um público legal.
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Além disso o SANGUE SECO já vinha de um bom tempo sem tocar em Goiânia, fazendo shows fora (o último - antes desse - foi em Brasília) e queríamos voltar a tocar aqui. Mas aí o Bocão não estaria em Goiânia. Sim, um problema. Ele é membro de uma força especial de um grupo de investigadores (tudo ultra secreto, não posso falar mais que isso senão ele terá que me matar) e está numa missão de capacitação e integração de dados estruturais muito importante. Não nos fizemos de rogado e convidamos a lenda, o mito, a força invencível da natureza: MIGUÉ!!
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Não sabe quem é? Tá loki?? Migué é o baterista do Cicuta e era o batuqueiro da finada e mui amada Hang The Superstars. Lembrou? Então lembrou também que ele toca bem, né?
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Pois isso é engraçado no SANGUE SECO. Já pedimos esse tipo de ajuda para outros amigos antes e sempre temos reservas que são muito melhores que os titulares. hahahahahahahahahahaha.
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Uma vez na finada Jump tocamos com o Túlio no contrabaixo, outra vez naquele show da Beacid na Pecuária tocamos com o Marlos "Japão", e por isso já assinamos o contrato de sociedade do República. E agora o Migué. Só cara que toca muito mais que a gente, o que não nos assusta em nada, até porque não temos tanto bom senso e sensatez assim. hehe
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O povo Decibélico é bastante organizado, o som era do Alfredo (o melhor som de shows aqui da cidade, já falei e repito), o local já estava todo arrumado, mas alguma coisa atrasa. Sempre atrasa. Começa a atrasar quando os membros das bandas não chegam na hora marcada. Eu mesmo só consegui chegar lá por volta das 16:41, quando deveria estar lá desde as 16 horas. Uma irresponsabilidade gigantesca!
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Mas logo o Futura tomou as rédeas da bagaça e começou a destilar rock. Agora são um power-trio, e power é uma palavra facilmente associável ao Futura quando começa o show. Sim, o som tem peso, tem porradas distribuídas ali e acolá, mas o baterista é todo marombado. O tipo do cara que eu queria ver alguém encher o saco. Ia ser divertido.
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Com três pessoas a banda ficou mais enxutinha, as músicas ficaram mais diretas, como obviamente deveria ser, certo? Mas ainda me perco em alguns momentos que a Sarinha (menininha bonitinha essa!) canta com a voz mais grave. Não fico doido com o som da Futura, mas não jogo pedra.
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Daí rolou uma mezzo confusione, porque o Marlos queria que o Motherfish tocasse, mas o Túlio não tinha chegado. E lá fomos nós, os bravos SANGUES fazer o barulho da vez. Sempre sobra para os mais bobos, e normalmente somos nós, mas fomos satisfeitos ao palco.
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Depois de tanto tempo sem tocar na cidade era uma volta legal, com a formação original acrescida dos talentos tamborísticos do Miguelângelo. O show estava muito legal, meus sobrinhos estavam lá (Luiz Sérgio - que também é meu afilhado - Paulo José e Ricardo Sahaquiell), minha irmã estava lá e a certa altura do show até meu pai chegou. Loki! SANGUE SECO não junta público, "nóis leva"! Mas aí a guitarra explodiu uma corda. Tempo para trocar (Eduardo Mesquita, do Resistentes nos emprestou uma guita), tempo para afinar e eu sou obrigado a entupir linguiça falando. Putz, detesto fazer isso, me sinto sempre um idiota de marca maior, principalmente quando o troço descamba para piadinhas metidas a espertas. E lá estava eu com cara de idiota fazendo piadinhas muito idiotas.
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Felizmente ninguém se irritou o suficiente para me mandar calar e logo voltamos ao rock. Migué estava em chamas e fazia umas viradas que eu nunca tinha visto em nossas músicas, e eu tinha que olhar pra trás para ver o cara tocar do tanto que eu achava bacana. E aí uma corda do baixo explode!
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Isso nunca tinha nos acontecido! Falhar uma vez é normal, tá no contrato, mas DUAS?? Lá fomos nós esperar o Flávio conseguir um baixo emprestado (Marlos Japão nos emprestou rapidamente) e enquanto esperávamos começamos a brincar com uma música do Dead Kennedys. Ficou bacaninha!
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E aí tocamos até acabar nosso momento. Foi legal, nos divertimos pra diabo e o Migué também disse que gostou.
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Depois veio o Motherfish. Cada dia eu gosto mais dessa banda. Som massa, músicas lindas e agora eles estão com um guitarrista a mais. Infelizmente um pseudo-jornalista como eu nem se tocou de perguntar o nome dele, mas é o mesmo sujeito que toca (ou tocava? Putz, não sei nada!) no Black Drawing Chalks. O som ficou muito melhor, o Túlio tá mais solto com outro guitarrista no palco e o batera que eles arrumaram é bom demais. O cara toca (ou tocava? Não falo que eu nunca sei nada!) no Dead Smurfs que é aquela banda de Hc engraçada de Uberlândia. O sujeito toca muito e num certo momento ele destruiu a baqueta, metade dela veio voando na minha testa (difícil acertar uma testa desse tamanho, né?) e ele nem se tocou disso. Showzaço! Quero ver o Cd dessa mamãe. E legal que o Túlio se atrasou porque estava passeando com a família, então tá valendo, moleke!! Família antes.
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Aí veio uma banda que não aparece no texto do convite lá de cima: Impune. E chegaram cheios de produção, com um datashow (que custa uns bons R$ 3 paus ou mais), lançamento de vídeo clip, um monte de gente cantando as músicas junto e eu só perguntando "De onde vieram esses caras com esse tanto de gente?". Por fim não "arresisti" e perguntei para uma das jovens que cantava as canções a plenos pulmões "São colegas de escola esse povaréu todo?". Ela não me respondeu direito ou eu não prestei atenção e só vim a ter alguma dica hoje na hora do almoço. Parece que a banda já existe há três anos e antes se chamava Punho Fechado, e alguns (ou todos? Não sei. Não sei nada!) de seus membros são evangélicos, então muita gente já conhecia a banda de outros eventos diferentes dos eventos do rock independente.
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Merecem parabéns pela produção, pelo público cativo e pelo "rala" para tocar na Ambiente, porque fiquei sabendo que os caras se mexeram muuuuuuuuuuuuitão para conseguir tocar no sábado. Mas eu detestei o som da banda. Um power-pop sem vocação, com um vocal pretendendo ser melódico mas sem a devida firmeza necessária, com músicos legais mas pouco inspirados; e reforço que não estou dizendo que a banda é ruim. Eu não gostei da banda. Mas tinha muita gente lá gostando. Mas eu não gostei mesmo. Acho que já tá claro, né?
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Verdade que tinha muita gente detestando, como eu, mas ninguém agrada todo mundo mesmo.
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Depois a lenda punk goiana subiu ao palco: Resistentes! Com uma ameaça de chuva no ar, a banda velhusca veio com "Bulimia" e outras tantas já tantas vezes cometida em palcos do mundo inteiro, trazendo uma sensação de familiaridade. Ali estava a pancada seca e firme do Léo Bigode, o baixão viciado e fominha da Sarinha, a voz gritada e violenta da Lorena e a guitarra crua e - muitas vezes - fora do ritmo do meu homônimo Eduardo Mesquita. E esses ingredientes fazem um caldão de alta qualidade. Gosto bastante de Resistentes e foi novamente um prazer dividir o palco com eles.
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Estranho foi ver que não estava duro de gente como poderia estar. Show de graça, com tantas bandas de diversas orientações e o povo não aparece. Não compactuo com a postura babaca acomodada de reclamar do comportamento do público, apenas me preocupo em entender e ainda não entendi. No mesmo dia rolou o Punk Rock Feminino no Martim Cererê, mas na Ambiente era GRÁTIS!! Estraño.
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De pontos altíssimos temos o tanto de gente legal que apareceu por lá (e finalmente tive a honra e o prazer de conhecer a Fernanda e o Piu do Lucy and the Popsonics. Que duas pessoas gentis, alto-astral e carinhosas!), velhos dinossauros novamente sobre a terra (os três monstros Léo, Fabrício e Márcio; além de Maurício Motta, Israel, Isabella, Beto Rockefeller e tantos outros figuras supimpas), novos conhecidos (Noturno, brigado pelo elogio!) e finalmente a venda de cerveja dentro da Ambiente. Tudo bem, era Sol, mas pelo menos tinha ali ao alcance da mão.
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Ponto baixíssimo foi - só para variar - o segurança do ambiente. Rolou uma briga entre dois moleques, mas um era troncudinho, metido a forte e o outro era mirrado. Uma covardia sem tamanho. Daí o marrentinho tava batendo mesmo no magrelo, vem a besta imbecil com um colete preto escrito SEGURANÇA e segura o fortinho. Ato contínuo ele leva o fortinho para perto do outro, que estava todo sem graça encostado no muro, e o marrento aproveitou para dar outro tabefe no pequeno. E o idiota estúpido desgraçado do segurança (com letra minúscula mesmo) para completar e unir a infâmia à estupidez EXPULSA O MAGRELO DE DENTRO DA AMBIENTE!!!! Acredita numa figura égua dessas? Ele colocou o guri que tinha apanhado pra fora. O que o outro fez? Óbvio, foi atrás dele. Porque essas pessoas que fazem esse serviço - em sua imensa maioria - precisam ser tão idiotas e tapados??
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Mas vamos nos ater ao que aconteceu de bom e positivo. O melhor de tudo foi a diversão sadia que pudemos desfrutar numa bucólica tarde de sábado. Agora é preparar para o próximo Sábado, porque eu quero muito ver Plebe Rude de novo ao vivo. Lembrar da minha adolescência e curtir um bom show!
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Há braços!
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Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei
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Um comentário:

Aline Mil disse...

O nome do guitarrista da Black Drawing Chalks (meu-namorado-bonitão) é Victor Rocha! E ele continua nas duas bandas!
Por sinal, fez a capa do cd novo da Motherfish que, de fato, está uma pérola!
Tô doida pra esse cd sair!!!

Há té mais!!